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Vem aí o Outubro Rosa: CAASP adere ao movimento pela saúde da mulher

 De todos os casos de câncer que acometem as brasileiras, 25% são de mama. A mortalidade pela doença não é tão alta, mas poderia ser menor - são 13 óbitos para cada 100 mil pacientes, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), colocando o Brasil ao lado de países como Estados Unidos, Canadá e Austrália nesse campo. Os números revelam que condutas preventivas, aliadas ao tratamento precoce, têm ajudado a detectar o problema ainda cedo e, assim, a reduzir as mortes por câncer de mama. A importância da atenção médica permanente merece alarde, e essa é justamente a finalidade do Outubro Rosa, movimento internacional de alerta e combate à doença tipicamente feminina.Mais uma vez, a Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo participará ativamente do Outubro Rosa. A sede da entidade estará iluminada de rosa ao longo do mês e, mais relevante, será realizada a Campanha de Saúde da Advogada 2020, preventiva do câncer de mama, do câncer de colo do útero e da osteoporose, cujos detalhes operacionais serão anunciados nos próximos dias.Paralelamente, ao longo de todo o mês de outubro, a já tradicional Live da CAASP, sempre às sextas-feiras, às 19h30, abordará temas relacionados à saúde da mulher. A vice-presidente da Caixa, Aline Fávero, ao lado das demais diretoras da entidade, entrevistará médicas, psicólogas, fisioterapeutas e outras profissionais gabaritadas para falar sobre as doenças-alvo da campanha e os direitos da mulher portadora de câncer.O movimento Outubro Rosa teve início no ano de 1990 em um evento chamado Corrida pela cura, que aconteceu em Nova Iorque (EUA), para arrecadar fundos para a pesquisa realizada pela instituição Susan G. Komen Breast Cancer Foundation. O evento ocorria sem envolvimento de instituições públicas ou privadas. A ação ganhou corpo e outubro passou a ser mês de conscientização sobre o câncer de mama nos Estados Unidos, e de lá se espalhou para o resto do mundo.Com o tempo, a campanha passou a fazer alusão também ao diagnóstico precoce do câncer de colo do útero - o quarto câncer tipicamente feminino de maior incidência. A mortalidade desses cânceres está ligada principalmente ao acesso a diagnóstico e tratamento adequados no tempo oportuno.Oncologista da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) e membro do Comitê de Tumores Mamários, Daniele Assad ressalta a importância da campanha. “Toda a ação que incentiva as medidas de rastreamento populacional contribui para aumento do diagnósto e a diminuição da mortalidade”, afirma Assad.Graças à campanha, em outubro consultórios e clínicas especializadas batem recordes de demanda. O receio, contudo, é que com a pandemia de Covid-19 muitas mulheres adiem tais procedimentos, retardando o início da terapia. “Muitas mulheres, por medo do coronavírus, estão deixando de realizar os exames de rastreamento”, observa a especialista.De fato, o Brasil têm registrado quedas brutais nos números de consultas, exames e cirurgias e, consequentemente, aumento de mortes por outras enfermidades que não a covid-19.A Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed) informou que, desde que o novo coronavírus começou a se espalhar pelo país, entre o fim de fevereiro e o início de março, as clínicas de diagnóstico por imagem registraram queda na procura de 70%, em média. Nos laboratórios clínicos, o atendimento caiu, em média, 60% se comparado ao mesmo período de 2019.Porém, outras doenças, como o câncer, não esperarão a pandemia passar para se manifestarem. Exames de rastreamentos só devem ser postergados em pacientes que testaram positivo para Covid-19 e ainda não estão livres de sintomas da doença.Daniele Assad diz ser possível garantir um ambiente seguro para profissionais de saúde e pacientes nos consultórios, nas clínicas de diagnóstico por imagem e nos hospitais. A própria Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) tem produzido diversos materiais informativos sobre o assunto.Em www.coronavirus.sboc.org.br/coronavirus é possível ler o guia de prestação de cuidados para o câncer durante a pandemia, que descreve uma série de medidas recomendadas a serem seguidas para proteger pacientes sob investigação e em tratamento, bem como a equipe de saúde enquanto a pandemia persiste. Detecção precoce é a chaveA forma mais difundida para diagnosticar o câncer de mama é a autopalpação, exame em que a mulher usa sua própria mão para descobrir caroços nos seios. Porém , a oncologista Daniele Assad afirma para baixa sensibilidade para detectar lesões iniciais. “Em estágio inicial, quando há maiores chances de cura, as lesões são impalpáveis e a doença é assintomática”, explica.Para se ter ideia da importância do diagnóstico precoce do câncer de mama, basta analisar os registros médicos: um nódulo fatal tem, em média, mais de 3 centímetros. Mas um tumor, para atingir 1 centímetro, demora em geral de 8 a 10 anos. O melhor método para detecção do câncer de mama, portanto, é o exame de mamografia.O câncer de colo do útero também tem evolução lenta, e o melhor método de rastreamento desses casos é realizado por meio do exame de Papanicolaou.Recomenda-se que o rastreamento dessas doenças seja realizado anualmente em mulheres a partir dos 40 anos. Para aquelas pessoas com histórico de casos de câncer de mama na família recomenda-se o rastreamento 10 anos mais cedo em relação à idade do parente mais próximo quando diagnosticado com doença. Cerca de 15% dos tumores de mama têm caráter hereditário.Além da detecção precoce, é possível reduzir o impacto potencial do câncer na própria vida. Segundo Daniele Assad ,hábitos de vida saudáveis são bons amigos na prevenção dessas doenças. “Pelo menos 30% dos tumores podem ser evitados com mudanças do estilo de vida. Quando se fala de prevenção, todas as mulheres devem adotar desde sempre as medidas: dieta saudável, não fumar, praticar atividade física, cuidar do peso”, salienta. 
28/09/2020 (00:00)
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